terça-feira, 20 de março de 2018

Amanhã tem decisão do Copom - mas e daí?

Hoje começou a reunião do Copom, que termina só amanhã quando então deverá ser anunciada a nova taxa Selic de 6,5%.

O cenário interno está ajudando bastante nesses cortes: a inflação está persistentemente baixa e o PIB não dá grandes sinais de recuperação.

Agora sim deverá ser o último corte, mesmo porque o cenário externo já não está tão favorável: olhando principalmente os EUA, que puxam o mercado mundial, a inflação já está ficando alta (pros padrões deles) o que já força um aumento nas taxas de juros.

Chegaremos então a um novo recorde de baixa na nossa taxa de juros, mas isso não deve ter o efeito esperado na economia, que basicamente é acelerar a atividade econômica, criar empregos, melhorar salários...

Somos muito dependentes de commodities e do nosso mercado interno, não temos uma atividade industrial forte, então mudanças nas taxas de juros têm mais efeito no combate a inflação do que no estímulo ao crescimento.

Enquanto não aprovarmos a reforma da previdência (uma de verdade, não o absurdo que queriam votar, que pra variar quer colocar o peso do país inteiro nas costas da classe média trabalhadora, enquanto poupa diversos setores como professores, forças armadas, políticos e especialmente, juízes...pra mim, aposentadoria especial só pra polícia e estou falando de tempo de serviço, não valores especiais).

Outra reforma urgente é a tributária...por causa dela, somos um zero a esquerda no mercado global e só conseguimos exportar laranja, soja, boi, nada de valor agregado, basicamente somos um pasto enorme, vendendo nossos produtos naturais a preço de banana, enquanto importamos todo o resto a peso de ouro, enriquecendo os países desenvolvidos.